quinta-feira, julho 24, 2014

Notas soltas da semana

Jornalistas à porta do TIC (foto do Expresso Diário)

1. Já tinha acontecido com Jorge Gonçalves, antigo presidente do Sporting, e com Vale e Azevedo, antigo presidente do Benfica. Mal um e o outro abandonaram a presidência dos respectivos clubes, foram constituídos arguidos. Voltou a acontecer com Ricardo Salgado, após ser afastado do BES. O Ministério Público tem azar nos timings da investigação.

2. A par do azar dos timings, a circunstância de as acções da investigação aparecerem relatadas em pormenor nos jornais não ajuda a credibilizar o Ministério Público. E mais ainda quando a descrição dos acontecimentos feita pelo Expresso leva a olhar com perplexidade para os métodos de investigação.

Com efeito, segundo o Expresso, foi uma denúncia anónima que levou a Polícia Judiciária a visitar, na sexta-feira passada, as duas salas no Hotel Palácio Estoril onde Ricardo Salgado montou um escritório improvisado desde que deixou de ser presidente do Banco Espírito Santo, há duas semanas. Alguém foi dizer à PJ que o banqueiro estaria a eliminar documentação levada do banco. Cinco dias depois, ou seja, ontem, o Ministério Público voltou ao Hotel Palácio Estoril com um mandado de busca, tendo Ricardo Salgado sido informado que seria constituído arguido e que sobre ele pendia um mandado de detenção. Dispondo-se o ex-presidente do BES a deslocar-se ao Tribunal de Instrução Criminal para ser inquirido, o Ministério Público preferiu dar-lhe boleia. A justiça portuguesa acabava de poder mostrar o seu Sarkozy.

3. O Público avança que a investigação em curso incide também sobre a alienação de 67% das acções da Escom detidas pelo Grupo Espírito Santo à sociedade angolana Newsgroup. A Escom é a empresa que interveio nas grandes aquisições de equipamentos militares por parte do Estado português, designadamente os dois submarinos.

Nesta operação da venda das acções da Escom aparece envolvida a advogada Ana Bruno, cujo escritório foi também alvo de buscas por parte do Ministério Público. Há uns anos atrás, Ana Bruno viu o seu nome citado nas peripécias da Universidade Moderna, em especial na empresa de sondagens Amostra, da qual era gerente. Foi na época em que Paulo Portas se passeava por Lisboa num Jaguar da Universidade Moderna.

4. Entretanto, o vice-pantomineiro deslocou-se a Angola, onde declarou solenemente: «Eu serei naturalmente discreto sobre essa matéria, mas sempre poderei adiantar que os reguladores de Angola e de Portugal têm trabalhado conjuntamente e eu confio nas medidas de estabilização que saberão encontrar».

4 comentários :

ignatz disse...

o bolicoiso deu ordens à joana para entalar o portas e o comportas.

Anónimo disse...

Isto já não vai lá com falinhas mansas...
Por mim era pôr o PSD e o CDS inteiros em caxias, e só depois separar o trigo do joio ( se é que há trigo naquelas duas agremiações mafiosas).
É anti-democratico? É . Mas os dois partidos nunca conviveram bem com a democracia, tenho a certeza de que não se importariam...

Gatuno finório disse...



G E N T E S É R I A !

Anónimo disse...

PSD e CDS são verdadeiras quadrilhas de mafiosos que puseram o país a saque e humilham Portugal todos os dias. Gente sem alma nem educação. Só lhes interessa a gamela. Não viram como o maricoiso do Portas teve por primeira preocupação, ao ser nomeado vice, encontrar um palácio onde se instalasse a dar ao rabo? Queria lá ele saber de competência...