segunda-feira, fevereiro 03, 2014

Uma entrevista importante

João Galamba deu uma entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, que pode ser ouvida ou lida na íntegra, havendo ainda um síntese em vídeo. Eis três extractos da entrevista:
    Do corte na despesa
      '(…) ao contrário da mistificação que se criou nas últimas eleições, os cortes não são indolores e não são gorduras. São rendimentos de pessoas, de pensionistas ou de funcionários públicos. São prestações sociais para um conjunto muito significativo de portugueses. A resposta é: se eu fosse obrigado a ir por uma via de austeridade, com a qual não concordo, aquela que me parece ter custos sociais e económicos menores e que preserva um sentido de comunidade, de partilha, de que estamos todos juntos nisto e que se é um problema do país devemos todos, coletivamente, responder e estar à altura deste desafio, eu penso que o IRS é a maneira mais justa, economicamente menos negativa e mais compatível com o Estado de direito. Não teríamos os problemas que tivemos com o Tribunal Constitucional se a opção tivesse sido por aí. Admitindo que teria sido impossível uma outra via ou negociar uma alternativa, entre cortes na despesa e aumento de impostos, eu escolheria sempre o aumento de impostos.'
    Da crise como uma oportunidade (para a direita)
      '(...) a direita portuguesa ou parte da direita portuguesa - nem toda a gente do CDS e do PSD se revê neste discurso, mas uma parte significativa da elite política deste país, mais à direita - encara este programa de ajustamento não como uma tragédia que aconteceu e que resulta de disfunções europeias, mas sim como uma oportunidade histórica para implementar um conjunto de reformas que considero muito negativas e que nunca teriam sido possíveis num processo eleitoral normal.'
    Do agravamento da dívida pública
      'O programa de ajustamento falhou nos seus três pilares. No primeiro pilar, o das finanças públicas, o objetivo do défice é instrumental e o objetivo final é a redução da dívida pública. Ora, qualquer pessoa com o mínimo de senso olhará para o nosso stock de dívida, para o nível de juros que pagamos, para a inflação que temos e para o crescimento potencial da economia, para o investimento que caiu 30%, para o facto de termos perdido 200 mil pessoas para a emigração e concluirá que tudo isto tem influência no PIB potencial, na capacidade de o país gerar riqueza. Olhando para o stock de dívida, para a redução do PIB potencial, para uma situação de deflação, acho que a dívida hoje é muito mais insustentável do que era há três anos.'

6 comentários :

Anónimo disse...

De acordo com o relatório do BdP:
Divida Total a Dez 2009: 658,9 mil milhões
Divida Total a Junho 2011: 722,3 mil milhões
Divida total a Nov 2013: 743,3 mil milhões

Portanto Dr. Galamba, não atire areia para os nossos olhos. Nós também temos acesso a documentos e este relatório do BdP diz q no governo sócrates estávamos a endividar-nos a uma média de 3,5 mil milhões mês, nestes últimos 2 anos e meio esse endividamente é à razão de 0,7 mil milhões de euros mês. Afinal o que tem a dizer disto o Snr. Galamba e o Snehor Inginheiro dos Domingos na RTP?
Portanto O que se verifica neste números é que Sócrates , portanto ano 2010 até Junho de 2011 a divida pública subiu 63 mil milhões e que nos últimos 2 nos a divida pública subiu 21 mil milhões. E se fossem mentir para outro lado?
Pois é, mas o Expresso patrocina a mentira a ver se nós papamos tudo.
Devem estar esquecidos que hoje temos acesso a toda a informação e que a internet é hoje talvez o melhor instrumento de desfazer as mentiras de alguns sectores começando pela comunicação social.

Anónimo disse...

O João Galamba parece não saber que na vida política a demagogia, mais tarde ou mais cedo, acaba por cair-lhe em cima. Existe uma enorme diferença entre ser um peão de brega e assumir funções de estado. Nem todos são assim tão desmemoriados. Alguns estarão cá para ver...

Um entre milhões disse...



"Alguns estarão cá para ver", diz a arrastadeira. Outros, não! Felizmente (dizemos milhões de nós)...

Anónimo disse...

Sr. Anónimo das 04:53:00 está muito invocado:

1. Não pretendo o seu cargo, pode continuar nessa sua função de aparar dejetos;

2. 'Milhões' é plural, pressupões para cima de 2 M, ora o seu partido nas ultimas legislativas teve apenas 1 568 168 votantes.

3. Sim, estarão cá muitos para mais uma vez constatar que a corência de 'políticos' como este é a mesma de um cata-vento.

Anónimo disse...

Arrastadeira das 10:51, consulte por favor os seguintes links :

http://www.publico.pt/economia/noticia/divida-publica-quase-nos-130-do-pib-no-final-de-2013-1621904

http://corporacoes.blogspot.pt/2014/02/a-divida-publica-subiu-mais-nestes-tres.html

Depois ponha o relatório do BdP no caixote do lixo, pois é obvio que não percebeu nada do que lá vêm escrito.

"Muito invocado" disse...



És um triste, palermóide das 5:25 da tarde. Metes dó, acredita...