quinta-feira, julho 11, 2013

Uma maioria, uma nave de loucos e um incendiário [1]

Depois de ter aparado todos os golpes do Governo de direita, que destruíram o tecido económico, agravaram a situação das finanças públicas e abocanharam o pote, o Presidente da República quer salvar a sua pele. Mas quer mais: entende que é chegado o momento de subalternizar o papel dos partidos políticos. Fá-lo recorrendo a uma ideia nuclear do velho cavaquismo: o jogo partidário é um empecilho a uma boa governação.

Recordam-se de quando os cavaquistas saltaram em apoio da Dr.ª Manuela, argumentando que a defesa da suspensão da democracia por seis meses não passava de uma mera piada? Eis então que nos surge Cavaco a defender a interrupção da democracia por tempo indeterminado. Neste contexto, as eleições em Junho de 2014 seriam uma farsa.

Por mais voltas que dê, Cavaco volta sempre à casa de partida: “duas pessoas com a mesma informação e com a mesma boa-fé chegam necessariamente às mesmas conclusões.” É a negação da política (salvo a sua): onde existe um parlamento, ele gostaria de ver uma câmara corporativa.

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